A busca por educação é um tema que deve ser olhado com atenção, principalmente quando se refere à inclusão de crianças que precisam de atenção especial em escolas de ensino regular.
É importante ressaltar que a inclusão de um modo geral é um processo que exige uma reestruturação das escolas. Para que elas ampliem o projeto pedagógico, é com base nele que a escola organiza as tarefas internas, a fim de incorporar novas práticas e realizar adaptações necessárias para acolher os alunos. Essas práticas permitem a transformação da escola em um espaço responsivo e pronto para receber a todos.
Não é por acaso que Nelson Mandela já dizia: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. Essa arma deve se estender para todas as pessoas, para promover uma educação justa, de qualidade e igualitária em sociedade.
Nesse contexto, a inclusão começa pela matrícula, que é um direito fundamental da criança autista para ingressar na rede regular de ensino. Isso é garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que trata sobre a Educação Especial.
O Ministério da Saúde define o autismo como um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por padrões de comportamentos repetitivos. O que compromete e causa dificuldade na comunicação e na interação social. Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma em cada 160 crianças são autistas.
Escola e inclusão: Quais são os desafios e o papel da instituição?
A escola é um ambiente muito importante para qualquer criança e não seria diferente para as crianças autistas. Este espaço é responsável por promover relações, ajudar na construção de autonomia no momento da resolução de problemas.
É importante destacar que é nesse espaço do saber que a criança autista terá oportunidade de desenvolver a aprendizagem, focar nas diversas habilidades que tem. Além de ter a oportunidade de se integrar socialmente por meio da convivência com outras crianças.
Vale destacar que a inclusão não pode parar no ato da matrícula, a escola deve oferecer condições para que o ensino especial aconteça. Sendo assim, escola inclusiva é aquela que conta com um projeto pedagógico bem definido para que a inclusão seja realmente posta em prática.
A instituição deve se adequar e estar preparada para receber o aluno autista, propiciar um ambiente receptivo para que os alunos possam se sentir integrados e recebam as mesmas oportunidades de desenvolvimento efetivo, assim como os outros.
O número de alunos com transtorno do espectro autista (TEA) que estão matriculados em classes comuns no Brasil aumentou 37,27% em um ano. Em 2017, 77.102 crianças e adolescentes com autismo estudavam na mesma sala que pessoas sem deficiência. Esse índice subiu para 105.842 alunos em 2018. Os dados são do Censo Escolar, divulgado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Para a pesquisa foram considerados tanto os estudantes de escolas públicas quanto de particulares.
É importante destacar também que é na sala de aula que alguns sinais do autismo podem ser identificados. Visto que uma criança autista pode apresentar dificuldades na relação com as pessoas à sua volta, na comunicação e pode apresentar comportamentos repetitivos. Esses padrões podem se manifestar em graus diferentes: leve, médio e severo.
Os educadores podem sinalizar os pais quando perceberem alguns sinais, como criança muito quietinha, criança que não consegue manter contato visual, não gosta muito de brincar com os colegas ou não consegue se comunicar direito. Essas são algumas características presentes no Transtorno do Espectro Autista.
A educação inclusiva é um modelo de ensino que propõe igualdade nas possibilidades de escolarização. A proposta é garantir educação para todos de forma que contemple a singularidade de cada um. A inclusão abraça a diversidade, foca em recursos e atividades especializadas que garantam o desenvolvimento efetivo do aluno.
Dessa forma, mesmo com as dificuldades de promover a inclusão, escolas com projetos educacionais bem planejados que possibilitam diversas opções de ensino conseguem cumprir bem o seu papel. Por outro lado, é muito importante destacar que as escolas não trabalham sozinhas. Todo o progresso em curso para viabilizar este processo conta com redes de apoio, como educadores, profissionais da equipe multidisciplinar e, principalmente, os familiares.
Qual a importância dos professores?
Os professores desempenham um papel essencial na educação inclusiva. Visto que são eles os responsáveis por orientar o método de aprendizagem e criar propostas e condições necessárias para repassar o conhecimento. O professor é quem vai mediar o processo inclusivo em sala de aula,
A educação é a chave para promover a diversidade. Contudo, é importante que o sistema educacional valorize e capacite o profissional para que ele exerça sua função da melhor forma em sala de aula.
O professor é responsável por procurar novas propostas, metodologias diversificadas e flexíveis que permitam explorar as potencialidades, competências e capacidades do aluno autista. É importante que ele tenha sensibilidade para promover em sala de aula a
consciência de atos inclusivos, respeitando as características e o ritmo de aprendizado de cada um. Além disso, ele deve ajudar a criança a desenvolver a autoconfiança e a independência por meio das atividades.
Qual a importância da participação da família no processo?
A participação da família no processo de ensino-aprendizagem é muito importante. Para o processo de integração ocorrer da melhor maneira é necessário que a escola, a família e a comunidade estejam em harmonia.
Com essa participação os professores têm a oportunidade de trocar informações com os familiares e estar a par da evolução da criança. Pelo fato de que a criança passa a maior parte do tempo em casa.
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