"Meu filho não fala" ou "Ele parece não me ouvir" são queixas frequentes de muitos pais, já que a comunicação é uma das primeiras preocupações quanto ao desenvolvimento de seus filhos. Esses são sintomas-chave que podem indicar a presença de autismo na infância, um transtorno complexo do desenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento.
Para muitos pais, uma das primeiras preocupações que surgem quando percebem que algo está diferente no desenvolvimento de seus filhos é a comunicação. “Meu filho não fala” ou “Ele parece não me ouvir” são queixas frequentes. Esses são sintomas-chave que podem indicar a presença de autismo na infância, um transtorno complexo do desenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. Vamos explorar mais a fundo as demandas de fala e linguagem no autismo e sua importância no diagnóstico e intervenção precoce, incluindo as classificações CID/DSM.
Demanda por Fala e Linguagem no Autismo:
O autismo é caracterizado por uma ampla gama de desafios na comunicação. Para muitas crianças dentro do espectro autista, a fala pode ser um obstáculo significativo. Alguns podem apresentar apraxia da fala, uma condição que dificulta a coordenação dos movimentos necessários para a produção da fala, tornando a comunicação verbal um desafio. Outros podem recorrer a ecolalia, repetindo palavras, frases ou até músicas, mas sendo incapazes de estabelecer um diálogo ou responder a perguntas simples.
Principais Características do Autismo:
Além das dificuldades na fala e linguagem, o autismo apresenta várias outras características distintas. Essas incluem padrões perseverantes de comportamento, interesses muito específicos e dificuldades em compreender e expressar emoções. A interação social pode ser um desafio, com dificuldades em fazer amigos e compreender as nuances da comunicação não verbal, como gestos e expressões faciais.
Importância do Diagnóstico e Intervenção Precoce com um Fonoaudiólogo:
O diagnóstico precoce do autismo é fundamental para garantir que a criança receba o suporte necessário o mais cedo possível. O Transtorno do Espectro Autista é classificado no DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) e na CID-11 (Classificação Internacional de Doenças) como uma condição que abrange diferentes níveis de comprometimento, desde aqueles de precisam de um suporte menor até suportes mais robustos. Essa classificação ajuda a entender a necessidade específica de cada criança (indivíduo), direcionando, assim, as intervenções apropriadas.
Uma vez que a comunicação está no tripé (comportamento, comunicação e interação social) dos desafios encontrados no autismo, o fonoaudiólogo acaba sendo um profissional fundamental dentro da equipe terapêutico. É ele o responsável pelo mapeamento das demandas comunicativas e pela definição da melhor estratégia de intervenção, inclusive sendo responsável pela definição, junto a família e à equipe, sobre o uso de comunicação suplementar / alternativo – AAC quando necessário. É importante ressaltar que o avanço nos processos relacionados à fala e a linguagem (comunicação) são fundamentais para a promoção do desenvolvimento das habilidades sociais e de interação.
Sabemos que o autismo na infância apresenta uma série de desafios, mas também sabemos que o diagnóstico precoce, aliado a uma intervenção baseada em evidências científicas é capaz de transformar a história de uma criança e de uma família.
Conte conosco nessa jornada. Você não está sozinho (a).